Listas de “10 itens isso”, “10 itens aquilo” existem aos montões.
Daria até para fazer uma lista de 10 listas mais populares de 10 itens
de alguma coisa. Mas, em se tratando de criação de páginas para a web, é
claro que o número de erros que você pode cometer é bem maior do que
10.
Então, que tal uma lista com 30 erros básicos de usabilidade que você
deveria evitar? Alguns deles são óbvios, outros são controversos,
acredito que todos façam pensar.
1. O usuário tem que saber sobre o que se trata o website instantaneamente:
atenção é uma moeda muito valiosa e rara na internet, onde um desvio de
caminho está na aba ao lado ou a um clique do mouse. Se o seu visitante
não conseguir entender sobre o que se trata seu site em segundos, ele
provavelmente irá descartá-lo e tentar outro. Um bom site tem que dizer a
que veio e dizer rápido!
2. Torne seu site legível: estamos na internet, não
lendo um livro ou um jornal. A menos que seu site seja um livro. Ou um
jornal. Caso contrário, evite largos blocos de texto. Provavelmente seu
visitante está olhando seu site enquanto carrega um vídeo no YouTube,
escreve um email e atende um telefonema, então facilite a tarefa de
passar sua mensagem. Listas, títulos, subtítulos, bullets, qualquer uma destas coisas ajuda seu leitor a passar os olhos pelo conteúdo.
3. Não use fontes bacanas mas ilegíveis: com certeza
existem fontes que dão aquele visual arrojado para seu site. Gótico,
clássico, medieval, barrocas. Mas existe um motivo para elas não serem
usadas em livros ou jornais: elas são difíceis de ler. Se você quer
passar sua mensagem (e quer passar rápido, lembre-se do primeiro item)
então certifique-se que a fonte proporcione uma leitura confortável.
4. Não use fontes minúsculas: este é um erro muito
comum e está enquadrado em tornar a leitura confortável. Designers
costumam ter uma visão ótima, um monitor de LED com 1920×1080 e boas
condições de iluminação. Mas a maioria dos seus visitantes não tem isso
tudo e precisam de fontes maiores.
5. Não abra outras janelas do navegador: Tenho
certeza de que você faz isso baseado na ideia de que assim você impede
seu visitante de ir embora, certo? Mas você acha que ele gosta de ter
várias janelas abertas? Você acha que ele vai encontrar seu site de
volta no meio de tantas janelas se todo mundo fizer a mesma coisa? Se o
conteúdo do seu site for relevante, ele vai voltar. Ou vai escolher ele
mesmo abrir em outra janela ou aba.
6. Não abra um modal tampando seu conteúdo: seu
visitante acabou de chegar no seu site, nunca viu o seu conteúdo antes e
você tampa este mesmo conteúdo com uma janela modal pedindo registro ou
mendigando um Seguir ou um Curtir? Mais uma vez: permita que seu
visitante conheça seu conteúdo e conheça rápido.
7. Evite URLs complexas: uma estrutura de URL
simples, baseada em palavras-chave, melhora sua performance nos
mecanismos de busca e facilita a tarefa do usuário de entender (e até
memorizar) o conteúdo da página que está visitando. Por exemplo,
/artigos/web/40-erros-de-usabilidade.asp é muito melhor que
/json/october/conteudo.asp?id=64728.
8. Não permita o scroll horizontal: rolar a página
para baixo é aceitável e praticamente inevitável, mas fazer com que o
usuário ao mesmo tempo role para os lados é abusar da tolerância.
Procure saber qual é a resolução média de tela do seu público e encaixe
seu conteúdo naquele espaço horizontal. Ou use um layout responsivo, que
se adapta a qualquer largura.
9. Não abuse do Flash: os dias do Flash estão
contados. É um plugin que demora para carregar, assusta alguns usuários,
é bloqueado por outros, trava e fecha o navegador, não é bem indexado
por mecanismos de busca e agrega muito pouco em contrapartida.
10. Não use música: desde os primórdios da internet este erro vem sendo cometido. Demora para carregar, incomoda e não agrega valor.
11. Se é essencial que seu site toque música, então deixe o usuário decidir:
claro que existem situações em que não dá para fugir da música ou do
som, por que a música ou o som é O conteúdo que você está promovendo.
Mas, nestes casos, permita que a execução comece apenas quando o usuário
estiver preparado. Ele pode precisar pegar um fone, abaixar o volume,
saber que um som será executado. Aí, sim, ele aperta o “Play” e escuta o
conteúdo.
12. Não cometa erros gramaticais: não chega a ser
uma questão de usabilidade, mas afeta seu site da mesma forma. Erros de
grafia, erros de concordância, erros gramaticais de qualquer tipo
empobrecem o conteúdo e depõem contra a credibilidade do conteúdo.
13. Não use uma página inicial que apenas dispara o site “verdadeiro”: quanto menor o número de passos necessários para o usuário acessar seu conteúdo, melhor será para todos os envolvidos.
14. Não se esqueça das informações de contato: seu
site não pode ser um monólogo com o visitante. Em muitos casos, ele será
um cartão de visitas para uma oportunidade concreta fechada através de
um contato.
15. Não quebre o botão “Voltar”: este é um recurso
fundamental do navegador. Depois de anos de uso de internet, seu usuário
confia nele. Ao abrir novas janelas ou usar links em Javascript você
quebra sua funcionalidade.
16. Não use texto piscante: era um erro berrante em 1996 e continua sendo.
17. Não solicite registro a menos que seja absolutamente necessário:
quando o visitante está navegando pela internet ele quer obter
informação, não oferecer informação. É tentador colher dados dos
visitantes, organizar uma mala direta, fidelizar… mas não dá para fazer
nada disso se o visitante for embora. E poucas coisas são mais
assustadoras que uma barreira de formulário entre o visitante e o
conteúdo.
18. Não cadastre o usuário em nada que ele não queira:
se você usa os dados do visitante para enviar emails sem a autorização
dele, o nome disso é spam. Ele já recebe dezenas destes por dia e o da
sua empresa ou serviço será mais um a ir para o lixo. E deixar já
marcada a opção “desejo me cadastrar para receber” e com letras míudas não vale como autorização.
19. Permita que seus visitantes pesquisem em todo o site:
nada é mais prático para encontrar informação do que uma pesquisa. Se o
usuário não conseguir encontrar o que deseja nos primeiros segundos de
contato com seu site, pode ser que ele ainda tente realizar uma busca.
Nenhuma arquitetura de informação é à prova de falhas. E se seu site não
possuir uma busca interna, então ele irá mesmo embora.
20. Evite menus “drop down”: o usuário precisa ter
uma visão clara de todos os pontos de navegação disponíveis para ele.
Usando menus que aparecem e desaparecem pode confundir o visitante e
esconder o conteúdo que ele está realmente procurando. Se o espaço é
curto e as opções são muitas, há algo errado no layout ou na arquitetura
de navegação.
21. Use o espaço em branco a seu favor: Estudos
apontam que uma boa quantidade de margem em branco em volta de um texto
melhora sua legibilidade. Pode ser entre os elementos de uma página ou
mesmo entre parágrafos: a leitura do seu visitante será mais clara e
agradável. Espaço na tela é grátis, ao contrário da mídia impressa.
22. Não use cores destoantes: se o visitante sai do
seu site com dores de cabeça depois de 10 minutos, é melhor escolher um
esquema de cores mais agradável. Crie sua paleta baseado em seus
objetivos e pense na legibilidade.
23. Certifique-se de usar os atributos ALT e TITLE para imagens:
além dos benefícios comprovados de SEO, estes valores ajudam os
visitantes com deficiência visual, contextualizam suas imagens ou
funcionam como substitutos aceitáveis caso uma imagem não seja exibida.
24. Não mescle conteúdo com propaganda: misturar
publicidade com seu conteúdo de uma forma que seja difícil distinguir um
do outro provavelmente é uma violação dos termos de uso do anunciante e
certamente uma irritação para seu visitante. E poucas coisas atrapalham
mais a rápida identificação do seu conteúdo do que um banner quebrando o
fluxo de leitura.
25. Não use GIFs animados: não eram muito práticos
em 1996 e continuam não sendo. GIFs animados demoram para carregar,
distraem do conteúdo textual da sua página e agregam muito pouco. A
menos que seu conteúdo SEJA GIFs animados, nunca se sabe.
26. Faça com que os links clicados troquem de cor:
esta é uma lição básica que quase ninguém mais coloca em prática hoje em
dia e é tão simples quanto definir um a:visited no CSS. Com esta opção,
o visitante tem uma visão mais clara dos lugares que já visitou em sua
arquitetura e evita que ele visite mais de uma vez o mesmo conteúdo sem
necessidade.
27. Não sublinhe ou use cores dentro do texto: Os
visitantes de internet já estão condicionados por anos de uso a
classificarem texto colorido ou sublinhado como um link e vão esperar
este tipo de comportamento. Existem outros recursos para dar ênfase em
determinadas partes do texto, como Bold, por exemplo.
28. Certifique-se de que seu site é compatível com os principais navegadores:
infelizmente, os desenvolvedores de navegadores tem algumas
discordâncias sobre como certas regras do W3C devem ser interpretadas e
isto pode gerar uma diferença em como sua página irá aparecer neles.
Mesmo que a compatibilidade total não seja possível ou que aquele efeito
legal que você imaginou não funcione em um grande navegador,
certifique-se de que o conteúdo continua acessível e que o usuário não
tenha uma experiência quebrada.
29. Use palavras-chave nos seus links: Usar um termo
relevante para o conteúdo do seu site no texto de um link tem vantagens
maiores do que um mero “clique aqui” ou “veja agora”. Não apenas a
indexação dos mecanismos de busca é otimizada, como seu visitante real
tem uma noção mais clara do que o espera na próxima página.
30. Inclua uma navegação adicional no rodapé da página: se
o visitante rolou a página até o final é porque ou ele não encontrou
ainda o que queria ou porque leu todo o conteúdo até o fim. Para
ajudá-lo em seu próximo passo, repita os pontos principais da navegação
no rodapé.
Fonte: www.codigofonte.uol.com.br
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